Em todo o Brasil, o descomissionamento de 3.738 poços gerará R$ 51,6 bilhões em investimentos entre 2024 a 2027. Os dados estão no Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural, da Findes
O descomissionamento de estruturas dedicadas à extração de óleo e gás é uma indústria gigantesca no mundo todo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, a expectativa é de que ela cresça muito nos próximos anos, com o início da desmobilização das estruturas implantadas nos anos 80 e 90, quando a indústria do petróleo de fato engrenou no país.
Em todo o Brasil, o descomissionamento de 3.738 poços gerará R$ 51,6 bilhões em investimento no período entre 2024 a 2027. Para o Estado, o descomissionamento de 375 poços gerará um aporte de R$ 1,82 bilhão. Todos estes dados e outros mais estão no 7ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo, um projeto da Federação das Indústrias do Espírito Santo. O documento será lançado, nesta segunda-feira, no Palácio Anchieta.
Os quase R$ 2 bilhões previstos para o Espírito Santo serão divididos da seguinte forma: abandono permanente (68,2%), remoção de linhas (19,6%), desmobilização de unidades de exploração de petróleo (3,6%), remoção dos demais equipamentos do sistema submarino (3,3%), arrasamento de poços (2,1%), remoção de instalações associadas às unidades de produção terrestres (1,6%) e recuperação ambiental (1,6%). Há possibilidades no mar e em terra.
É um trabalho exige legislação ambiental específica e muita tecnologia. Os componentes têm alto valor de mercado, portanto, é possível ganhar com o descomissionamento e também com a destinação final dos equipamentos e materiais que serão desmontados. Muita gente está de olho nas boas possibilidades que serão abertas. A Vports estuda a instalação de uma linha de desmontagem em Aracruz, que seria umas das primeiras do Brasil. O objetivo é trazer equipamentos do país todo para cá. Hoje, boa parte vai para Europa e Estados Unidos.